A Iluminação do Espírito Santo

A Iluminação do Espírito Santo

João 16.13-15; 1 Coríntios 2.9-16; 2 Pedro 1.21


Uma das invenções modernas mais úteis é a lanterna a pilha. Quando falta energia elétrica e nossa casa mergulha na escuridão, a lanterna salva a situação. Sua função é lançar luz no meio da escuridão, para podermos enxergar onde estamos andando e o que estamos fazendo. O trabalho da lanterna é iluminar o cenário.

A Bíblia não é um livro de trevas. Pelo contrário, é a fonte de luz tão necessária. O salmista chamou a Palavra de Deus de “lâmpada paras os meus pés... e luz, para o meu caminho” (Sl 119.105).

Nem toda a partes das Escrituras são igualmente claras para nosso entendimento. Ceras passagens são difíceis de assimilar. Lutamos com certos pontos para conseguir captar o significado do texto. O efeito do pecado em nós é envolver nossa mente nas trevas. Em nossa natureza caída, somos criaturas em trevas precisando desesperadamente de luz.

Embora as próprias Escrituras sejam luz para nós, há necessidade de iluminação adicional para que possamos perceber claramente essa luz. O mesmo Espírito Santo que inspira a Palavra, age para iluminar a Palavra em nosso benefício. Ele derrama mais luz sobre a luz original. A iluminação é obra do Espírito Santo. Ele nos ajuda a ouvir, receber e entender corretamente a mensagem da Palavra de Deus. Conforme o apóstolo Paulo escreve:

Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o ama. Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisa do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus. (1 Coríntios 2.9-11)

Aqui Paulo faz uma analogia da experiência humana. Você pode aprender muitas coisas a meu respeito me observando ou ouvindo comentários a meu respeito; contudo, você não pode saber o que se passa no interior de minha mente ou de meu espírito a menos que eu decida revelar. Somente eu conheço meus próprios pensamentos. (Embora às vezes eu tenha certeza que minha esposa lê meus pensamentos!)

Semelhantemente, o Espírito Santo conhece os pensamentos mais profundos de Deus. Paulo diz que o Espírito “perscruta” as coisas profundas de Deus. Isso não significa que o Espírito Santo tenha de investigar e inquirir a mente de Deus para ser instruído. Ele não busca informações que de outra forma não poderia ter. Ele “perscruta” no mesmo sentido em que um farol ilumina a escuridão para trazer à luz o que de outra maneira permaneceria oculto.

Iluminação não deve ser confundida com revelação. É comum hoje em dia ouvirmos pessoas falando sobre revelações particulares que alegam ter recebido do Espírito Santo. A obra do Espírito Santo na iluminação não é o provimento de novas informações ou revelações além daquelas encontradas na Bíblia.

O cristianismo reformado nega enfaticamente que Deus transmita novas revelações normativas hoje. O Espírito continua operando, iluminando aquilo que está revelado na Escrituras. O Espírito nos convence da verdade de Palavra, nos ajuda a entender a palavra e a aplicar essa verdade ás nossas vidas. Ele opera com a Palavra e por meio da Palavra. Sua tarefa nunca é ensinar contra a Palavra. Portanto, é sempre necessário testar aquilo que ouvimos mediante o ensino da Palavra. A Bíblia é o livro do Espírito.

Sumário

  1. Iluminação refere-se à assistência do Espírito Santo, nos ajudando a entender e a aplicar a Palavra de Deus.
  2. Iluminação não deve ser confundida com revelação.
  3. Figura:

Autor: R. C. Sproul

Fonte: 2º Caderno Verdades Essenciais da Fé Cristã, pg 15-16, Editora Cultura Cristã.

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